sábado, 10 de julho de 2010

Bye Wayne


Deixo pra trás todas as preocupações de trabalho e faculdade, contas a pagar, horários a cumprir, gurias que precisam de uma imagem positiva minha, amigos que esperam que eu seja amigo, gatos e cachorros que aguardam meu retorno da labuta diária e uma família que fica com o coração na mão. Vou ser eu mesmo, me preocupando comigo.
Terei novos amigos em minha solidão, não terei tempo pra gurias (talvez alguns minutos, talvez...), meus animais estarão livres na natureza e eu serei deles e não o contrário. Minha família será a estrada que me aguarda silenciosa. Dependo do meu bom senso. Sou um homem livre, um homem que voltará mais livre ainda. Minha mente segue aberta, como sempre.
Now i walk into the wild, bye wayne.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

O pulo do lobo


É impressionante como as pessoas ficam apavoradas quando conto meus planos de como chegar até a Patagônia e de como eu vou sobreviver. Todos se põe no lugar da minha mãe e me enchem de recomendações para eu não morrer lá.
Todos também ficam super empolgados com essa minha "aventura". Todos acham legal, mas niguém gostaria de fazer. São poucos os que topariam.
O marido de uma colega de trabalho disse pra ela que eu vou ser "mais homem" quando voltar de lá. Acho que serei uma "pessoa melhor" quando voltar. É das dificuldades que tiramos o crescimento e o autoconhecimento. Estou pronto para esse grande e esperado desafio da vida.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Faltam 2 dias


Preciso ir porque não aguento mais essa linda cidade que cresce desenfreadamente. As consequencias são terríveis e devastadoras. Preciso ir porque não sou muito de festas, trânsito, shoppings, pessoas, multas, contas e telefones.
Meu bairro (Guarujá) que sempre foi um bairro tranquilo, cercado de montanhas, alguns terrenos com mato e um belo rio, se tornou um bairro de condomínios com casas pré-prontas e barracos que se acumulam um por cima do outro. Não é mais o meu Guarujá em que eu ficava atá as 22h na rua jogando bola ou taco, não é o Guarujá em que eu subia a montanha pra escalar as enormes pedreiras nem o bairro em que eu caminhava toda a tarde descalço roubando laranja dos vizinhos. Preciso achar um novo lar, longe dos malditos carros, telefones e sons automotivos exageradamente altos (coisa de gente brega).
Já tenho quase 25 anos e está na hora de conhecer novos lugares e pessoas. Deixar essa linda Porto Alegre que está demasiadamente grande e ir pra um lugar de pessoas como eu. Vou começar pela Patagônia.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Meu caminho


Segue um mapa com as cidades que vou conhecer até chegar à Patagônia!!! Irrriii!!!

Vento pré-temporal


Estou sentado em minha confortável cadeira na frente do meu pc e de frente para minha janela que fica virada para o rio Guaíba. O vento que vem de lá é simplesmente a coisa mais confortável do mundo. Fico completamente em paz, não existe coisa que possa me deixar mal. É o meu momento.
Um ventinho frio depois de dias de um calor horroroso é uma dádiva de Deus. Um momento curto, mas muito especial. Recomendo a todos desligar tudo e se concentrar só no vento.
Considero o vento um bom presságio para minha viagem. Viajantes são super superticiosos. Não?

Muito mais tranquilo

Ontem consegui resolver boa parte de minha pendências. Já estou bem mais tranquilo e me sinto muito mais seguro para encarar essa grande viagem de 20 dias pela América Latina. Vou passar alguns dias em Buenos Aires (ARG) , depois passo mais alguns dias em Punta Arenas (CHI), mais alguns dias em Puerto Natales e depois me vou para o grande Parque Torres del Paine.
Estou tão bem preparado, que deixei de roer as unhas momentaneamente para poder colocar a primeira luva de lã e não arrancar as malditas cutículas. Prometo que em breve postarei mais coisas nada interessantes.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Faltam 4 dias


Estou no meu quarto em Porto Alegre. No quarto mais seguro do mundo a janela segue com uma das barras da grade torta, resultado de um furto 6 meses atrás. Perdi uma arma de pressão, uma calça, um tênis e um boné. Ainda me sento seguro no Guarujá.
Dia dez não vou mais estar em casa, vou estar na direção das montanhas. Pessoas que falam uma língua parecida e completamente diferente da minha. Eles tem fama de sisudos e fechados. Já não me sinto tão seguro.
Prova de minha insegurança, é que hoje fui tentar regularizar meu cadastro no banco. Não tive tanta sorte na escolha dos documentos necessários. Preciso desse cadastro pra poder fazer um cartão de crédito internacional. Essa condição está se apoderando de meus pais.
A cada dia que passa, fico mais desconfiado de meu equipamento. Não sei se meu saco de dormir conseguirá me aquecer suficientemente bem, também não sei se minha prática barraca irá conter os fortes ventos da Patagônia. Muitas dúvidas.
Estou arrumando minha mochila por prestações. 8x sem juros. Resultado da minha síndrome de brasileiro que deixa as coisas pra última hora. Tive que transferir um curso de Flash avançado para outra data. Ainda não consegui me rematricular na faculdade. Não consegui tirar meu cartão de crédito. Não arrumei a mochila. Não troquei meus reais e realmente não me sinto seguro. Só sei que vou, de susto. indo e já volto.

domingo, 4 de julho de 2010

O motivo de toda essa bagunça!


O motivo de eu ter criado esse blog, é porque eu realemente gostaria de registrar minha primeira viagem como mochileiro. Meu destino? Patagônia chilena! Também porque eu inicialmente queria criar um vlog, mas devido ao meu péssimo material de gravação e edição, a tecnologia me forçou a criar um blog mesmo. A ideia é registrar todos o bons e maus momentos dessa minha loucura (como diriam meus pais) e ajudar pessoas que futuramente possam ir até lá.
O nome do blog se deve à minha grande fobia de regras de etiqueta social. Simplesmente não gosto dessa função de que sempre que tu chega a um lugar que não viu essa(s) pessoa(s) a mais de um dia, tu tem que cumprimentar elas. Uma por uma. Daí tu não sabe se dá três ou dois beijinhos e pode ficar no ar (realmente constrangedor), ou se aperta a mão formalmente. Enfim, são muitas opções. Até porque, odeio despedidas. As pessoas brasileiras em geral tendem a serem muito sentimentais, qualquer despedida serve pra um monte de gente chorando e pensando em como vai ser continuar sem aquele pessoa que se despede. A pessoa não morre, ela simplesmente se despede, nada de muito grave! To indo e já volto... Daqui seis anos, ou duas horas. Não sei.

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